FAO prevê que estudo da OMS terá impacto no consumo de carnes

Presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, recebe Andrea Gessulli.
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A recente classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre possíveis riscos cancerígenos das carnes vermelhas e seus derivados terá um impacto direto no consumo, afirmou nesta quinta-feira o oficial da Divisão Técnica de Comércio e Mercados da FAO em Roma, Pedro Marcelo Arias. "A declaração saiu na segunda-feira e a informação ainda está repercutindo. Acho que temos que fazer um estudo em profundidade do impacto mundial. Em nível de consumidor vai impactar", disse ele, durante a apresentação no México do Relatório Perspectivas Agrícolas 2015-2024. Neste estudo anual, elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO), se prevê uma maior demanda de proteína animal, o que empurrará o mercado agrícola. No entanto, por causa do anúncio da OMS há "fatores que poderiam estar afetando as perspectivas". Sem dar um número exato do efeito, ele revelou que o tema deve ser analisado, sobretudo, a fim de estabelecer em projeções "o impacto que declarações deste tipo podem ter no consumo e nos mercados mundiais". Por isso, ressaltou que a FAO analisará o impacto a curto e médio prazos, e encorajou, a título pessoal, a que as pessoas "relativizem" a notícia até um novo parecer. A OMS alertou na segunda-feira que salsichas, presunto e bacon causam câncer em seres humanos, enquanto consumir carne vermelha "provavelmente" também. O relatório polemico concluiu que cada porção de 50 gramas de carne processada ingerida por dia aumenta em 18% o risco de câncer colorretal. Fonte: Porkworld
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