Rabobank prevê déficit de 16 mi de t de carne suína na China
As perdas no rebanho de suínos da China devido à peste suína africana (FSA) deverão gerar um déficit de carne de porco no mercado chinês de 16 milhões de toneladas até o final deste ano, estima o banco holandês Rabobank em seu novo relatório sobre o mercado da proteína animal. Além da necessidade de importações de carne suína, o banco holandês prevê uma busca mais forte dos chineses por outra proteínas alternativas. +Efeitos da peste suína na China começam a ser sentidos no Brasil +Com demanda chinesa, valor do frango atinge maior patamar desde 2015 +Com demanda chinesa, “aumento de preços é natural”, afirma ABPA “Até que os produtores controlem a doença e sejam capazes de reconstruir o rebanho, a China precisará procurar outras fontes de proteína para atender às necessidades dos consumidores locais”, diz o relatório. Segundo o banco, a carne suína continua sendo a proteína preferida dos chineses, “embora as importações de carne bovina, frango, cordeiro e frutos do mar possam ajudar a aliviar a lacuna de oferta no mercado doméstico”. As principais nações produtoras de carne suína do mundo devem se beneficiar do aumento da demanda chinesa, acreditam os analistas do Rabobank. “Os exportadores podem realocar uma parte de seus fluxos comerciais existentes em mercados de segundo ou terceiro níveis para a China”, prevê o banco, acrescentando que os fornecedores mundiais seriam atraídos pelo aumento dos preços pagos pela carne suína importada. A União Européia, maior fornecedor de carne suína da China, está em melhor posição para expandir o comércio para o gigante asiático, diz o relatório. “As exportações da UE para a China poderão aumentar significativamente em 2019, seguindo a tendência de 2016/17.” O Brasil e o Canadá também podem elevar as exportações, dadas as relações existentes, relatam os analistas. Por sua vez, as exportações dos EUA continuam limitadas pelas tarifas de 62% sobre o comércio e pela proibição do uso de promotores de crescimento, “mas negócios consideráveis (aumento da venda de carne suína norte-americana) já foram registrados nas últimas semanas”, diz o banco, que prevê um quadro otimista para o conflito comercial entre os dois países – pelo menos no segmento de carne de porco. “Continuamos esperançosos de que as negociações comerciais resultem na remoção de tarifas restritivas de 62% sobre as exportações de carne suína dos EUA para a China” Só no meio do ano O Rabobank mantém a sua visão de que a China aumentará significativamente as importações de carne suína somente a partir do segundo semestre de 2019, respondendo ao aumento nos preços domésticos e à esperada queda nos estoques locais. “Prevê-se que as perdas estimadas de produção de 25% a 35% criem uma lacuna de oferta que será impossível preencher a curto prazo”, avalia o banco. Fonte: Portal DBO
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