Em MT, germinação da soja no período do vazio sanitário preocupa
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Em Mato Grosso, os agricultores estão preocupados com a germinação da soja no período do vazio sanitário. Se as plantas não forem destruídas, aumenta o risco da proliferação da ferrugem asiática na próxima safra. As chuvas atípicas de julho atrasaram a colheita do milho, mas o que também preocupa o pessoal de uma fazenda em Chapada dos Guimarães é a chamada soja guaxa ou tiguera, que nasce voluntariamente. O gerente da propriedade, Aparecido Ferreira Neves, fiscaliza os talhões para ter certeza de que os grãos que ficaram no campo após a colheita não germinaram. A destruição das plantas voluntárias reduz as chances de que o fungo causador da ferrugem asiática sobreviva na entressafra. O manejo é obrigatório durante o vazio sanitário. Os agricultores devem eliminar todas as guaxas que surgirem na fazenda, só que estas plantas também podem aparecer em vários outros lugares, já que durante o escoamento da safra muitos grãos ficam pelo caminho. Com um pouco de umidade, eles germinam em áreas urbanas, mas principalmente às margens de encostas em rodovias, onde a responsabilidade sobre esses locais não fica clara na lei. O coordenador da Comissão de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura monitora a presença de plantas guaxas em todo o estado. Para Wanderlei Guerra, a destruição das guaxas em áreas que não pertencem aos agricultores, também poderia ser feita pelo setor produtivo. Já Luiz Nery Ribas, diretor técnico da Associação dos Produtores (Aprosoja), diz que o Minstério da Agricultura precisa fazer um levantamento sobre o assunto e que estão abertos para uma parceria. O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso informa que faz o monitoramento da soja nas estradas estaduais. O vazio sanitário, em Mato Grosso, vai até meados de setembro. Fonte: GloboRural
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