Rebanho suíno aumenta 37,5% e Mato Grosso ganha certificação de zona livre de PSC
Mato Grosso dá dois importantes passos na suinocultura. No plano sanitário, a Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) aceitou pedido do Ministério da Agricultura para certifica-lo enquanto zona livre de Peste Suína Clássica (PSC). Na esfera econômica, em 2015 seu rebanho suíno aumentou 37,5% saltando de 1.900.903 para 2.613.925 cabeças em 415 granjas. O sinal verde da Comissão Científica é a chancela para a certificação pela OIE. Luís Rangel, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, acredita que tal fato acontecerá nos próximos dias. Além de Mato Grosso, também serão contemplados o Distrito Federal, Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e os municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, no Amazonas. Até então, a suinocultura mato-grossense tem somente reconhecimento nacional de área livre de PSC. Em maio do ano passado, numa Sessão-Geral da OIE, em Paris, os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul receberam a certificação e, até agora, são os únicos no Brasil com esse status sanitário. Com a inclusão de Mato Grosso e outros 13 estados, mais os quatro municípios amazonenses, o país aumenta sua base territorial de exportação da carne suína. O aumento do rebanho mato-grossense acontece paralelamente ao seu controle sanitário pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e o Programa Estadual de Sanidade Suídea (PESS), que entre outras atribuições, controla as condições animais, observa os padrões zootécnicos e os procedimentos operacionais de qualidade, bem como a promoção do bem estar animal e atendimento às exigências dos mercados nacional e internacional. Na semana passada, em Cuiabá, no seminário “Panorama da Defesa Sanitária e Tendências”, Daniella Schettino, responsável pelo PESS, proferiu palestra onde revelou números, ações realizadas e abordou o calendário do PESS para 2016. Segundo Schettino, em 2015 o PESS realizou vigilância ativa em 4.198 propriedades que alojam 913.763 suínos e criam o porco doméstico. No período houve monitoramento de frigoríficos e vigilância sorológica em suínos e asselvajados – animal resultante da cruza do javali europeu com o porco doméstico. No ano passado, em busca da sanidade animal e paralelamente a ela, da certificação junto a OIE, Mato Grosso instalou postos de fiscalização na BR-163, em Guarantã do Norte, e na BR-158, em Vila Rica, ambos na divisa com o Pará; criou barreiras volantes em Colniza, na divisa com Rondônia e Amazonas, e no Vale do Araguaia. Além disso, capacitou técnicos e trabalhadores da cadeia da suinocultura. Outra importante ação do Governo do Estado foi a abertura de novos postos de fiscalização em zonas de fronteira com áreas consideradas não-livres de Peste Suína Clássica (PSC). Foi aberto um posto em Guarantã do Norte e outro em Vila Rica, além de duas barreiras volantes, sendo uma em Colniza e a outra no Vale do Araguaia. Todo o trabalho desenvolvido em 2015 resultou na candidatura de Mato Grosso ao pleito de área livre de Peste Suína Clássica, junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O resultado deve ser divulgado pela OIE durante a Assembleia Mundial que acontece todos os anos no mês de maio, na França. Para 2016, o Indea continua com o acompanhamento do rebanho, realizando vigilâncias, sorologia, cursos de capacitação para os servidores e cursos de Educação Sanitária voltada para a sanidade suídea na zona de fronteira com a Bolívia. O Programa Estadual de Sanidade Suídea (PESS) foi instituído em Mato Grosso em 2006 e visa o controle das criações em condições sanitárias adequadas, dentro dos padrões zootécnicos e dos procedimentos operacionais de qualidade, bem como a promoção do bem estar animal e atendimento às exigências dos consumidores nacionais e internacionais. Tem como objetivo executar de forma contínua as ações, com atenção para as patologias peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, sarna e leptospirose, bem como o monitoramento e a certificação das granjas e ainda estabelecer medidas sanitárias para o reconhecimento e/ou manutenção de Mato Grosso como área livre de enfermidades infectocontagiosas e parasitárias. Fonte: Agrolink
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