Secretário do MAPA garante carne suína nos preços mínimos
Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura
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A carne suína será enfim incluída na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) do Governo Federal. A afirmação foi feita pelo o secretário de Política Agrícola do Ministério, Neri Geller na noite de quarta-feira (19), no jantar promovido pela ABCS, durante o 4º Workshop de Gestão que acontece em Brasília. A proposta está no Ministério da Fazenda desde o final de janeiro e será colocada na pauta da reunião do CMN de quinta-feira. “Posso afirmar com toda a certeza que este anúncio será feito amanhã a tarde (quinta), durante a reunião do Conselho Monetário Nacional”, assegurou Geller. De acordo com o secretário, serão aplicados três preços mínimos distintos para diferentes regiões do país. “Serão estipulados valores diferentes para a carne produzida na região sul, centro-oeste e nordeste, cada uma com preços condizentes com a realidade da região em que são produzidas”, explicou. Esta inclusão atende a uma antiga reivindicação do setor, que reivindica um preço mínimo para a carne suína desde 2012, ano em que criadores tiveram prejuízo devido à disparada dos preços dos grãos, que impactou no custo de produção. Havia uma expectativa de que a carne suína seria incluída no PGPM em dezembro. DILMA VETOU No ultimo mês de dezembro a presidente Dilma Rousseff vetou integralmente o projeto. A inclusão era dada como certa pelo setor produtivo e por integrantes do Ministério da Agricultura. Na ocasião Dilma tentou se justificar, mesmo após duras críticas da cadeia suinícola. "Obrigações permanentes, que não se coadunam com o atual desenho da política de garantia de preços mínimos, que considera flutuações do mercado, logística operacional e garantia de safra, o que retiraria a flexibilidade das atuais regras para o setor", referindo-se à inclusão da carne na política de proteção. O anúncio feito pelo o secretário de Política Agrícola do Ministério, Neri Geller durante o jantar promovido pela ABCS causou estranheza em alguns participantes do 4º Workshop de Gestão. “Parece que alguns setores do governo e a presidente Dilma não estão falando a mesma língua. Ela vetou em dezembro e agora, menos de 60 dias depois, é contrariada pelo CMN. É estranho, mas ao mesmo tempo esta é uma excelente notícia”, afirmou um importante membro do setor que preferiu não se identificar. Fonte: PorkWorld
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