Nota técnica orienta produtores sobre o cultivo de soja safrinha em MT
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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja – MT) publicou nota técnica nesta terça-feira (06) em que orienta produtores sobre o cultivo de soja sobre soja no estado. Entre as recomendações está o acompanhamento obrigatório das lavouras por profissionais técnicos, com recolhimento da chamada Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). De acordo com a Associação, é necessário seguir as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) caso o produtor decida produzir a sua própria semente (semente salva). Outra recomendação é que sejam respeitados os períodos de vazio sanitário da cultura e que se cumpra o Plano de Supressão da Helicoverpa armígera em Mato Grosso. A nota reconhece que “o plantio sucessivo de soja pode ampliar o risco de problemas fitossanitários”, como o surgimento de lagartas, percevejos, nematóides e da ferrugem asiática. Entretanto, a entidade acredita que o cultivo de soja sobre soja deve ser escolha do agricultor. “A tomada de decisão é do produtor, mas deve ser feita com consciência e responsabilidade”, avalia o diretor-técnico da Aprosoja – MT, Nery Ribas. O plantio da soja safrinha já dividiu opiniões entre produtores e pesquisadores no estado. De acordo com pesquisadores, a técnica empobrece o solo e favorece o alastramento de doenças no campo pela criação de uma ponte verde para a praga. Nesta safra 2013/14 Mato Grosso plantou aproximadamente 100 mil hectares de soja na modalidade. Produtores do estado consideram que a saída para a polêmica envolvendo a soja safrinha não é restringir ou mesmo proibir o cultivo em Mato Grosso. Defendem a padronização de medidas de segurança para ampliar o controle e a sanidade das plantações. "Não é a saída proibir o plantio de soja sobre a soja, mas tem que olhar a cadeia toda. Pensar algo mais amplo", avalia Antônio Galvan, agricultor em Sinop, município a 503 quilômetros de Cuiabá. Fonte: GloboRural
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