V Seminário DB: analista do Rabobank aponta cenário favorável para suinocultura brasileira nos próximos anos

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2015 promete ser um ano favorável para a suinocultura brasileira. A disponibilidade de grãos com preço competitivo e o status sanitário diferenciado são algumas das vantagens do setor para conquistar ainda mais espaço no mercado internacional. Para falar sobre as “Perspectivas para o cenário mundial de carne suína em 2015 e 2016”, o V Seminário DB Genética Suína traz o analista da Rabobank Adolfo Fontes para palestra no dia 21 de março, às 10h20. “As projeções do Rabobank indicam um cenário global de oferta ainda restrita para a carne suína, notadamente no primeiro semestre deste ano. Se, por um lado, a oferta não tende a crescer significativamente, por outro, há uma expectativa de aceleração da demanda. A retomada, ainda que lenta, do crescimento econômico global, associada à restrita disponibilidade de carne bovina — que deve direcionar parte da demanda para os suínos — contribuirá para o aumento da procura pela carne suína brasileira”, pontua Fontes. A crescente demanda mundial, baixa oferta internacional e situações favoráveis ao comércio brasileiro – como o PED e embargo russo- sinalizam para um panorama positivo para as exportações. “O Brasil já tem demonstrado um excelente controle sanitário, que traz benefícios comerciais em momentos de preocupação global com o vírus PED e com a Febre Suína Africana. Além disso, o país possui um bom relacionamento comercial com importantes importadores — apesar de ainda termos muito espaço para melhorar nesse sentido. Isso, aliado à constante desvalorização do real frente ao dólar deve favorecer as exportações de carne suína brasileira e criar um ambiente propício para a sustentação dos preços no mercado interno”, analisa. Apesar do cenário positivo, a indústria deve encarar alguns desafios. Conforme o consultor, um dos principais diz respeito às empresas exportadoras que possuem grande parcela de sua receita dependente de poucos destinos. Essa exposição pode representar um risco alto, considerando a instabilidade de alguns mercados, como o russo, por exemplo. Fontes atua no desenvolvimento de pesquisas na área de proteína animal no banco especializado no setor de alimentos e no agronegócio, que está presente em 47 países. A instituição financeira conta com uma rede de analistas distribuídos mundialmente, que coletam informações e estudam as principais questões que afetam o mercado global. “Projetamos um crescimento médio próximo a 3% ao ano para as exportações de carne suína brasileira nos próximos 10 anos. As análises consideram a oferta e a demanda mundial, além do potencial produtivo e de exportação dos principais mercados”. Antes de ingressar no Rabobank, Fontes ocupou por cinco anos o cargo de coordenador de inteligência de mercado para a DSM|Tortuga, além de ter trabalhando na área de pesquisa e consultoria para outras empresas. É professor visitante em consultoria e inteligência de mercado e coautor do livro Inteligência de Mercado: Conceitos, Ferramentas e Aplicações. Fonte: Suinocultura Industrial
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