Conquistas da carne suína brasileira - Francisco Turra
A escalada tem sido consistente. Ter chegado à posição de quarto maior exportador mundial é conquista do Brasil obtida com seriedade, responsabilidade, inovação e cuidados especiais para preservar a qualidade e a sanidade da carne suína brasileira. O conjunto desses elementos funciona como um passaporte para o acesso a mais de 70 mercados, atualmente, entre eles Japão, Estados Unidos e Rússia. A carne suína brasileira está no centro das atenções dos mercados internacionais. Por estar livre de enfermidades, como a diarreia suína epidêmica (PED) e a febre suína clássica, o Brasil é visto como fornecedor confiável. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), criada em 24 de março, vem reforçando e ampliando essas conquistas. Em pouco mais de quatro meses de existência, a entidade teve atuação destacada ao reiterar às autoridades brasileiras a necessidade de agir para evitar a entrada da PED, disseminada nos EUA, México, Colômbia, Peru e alguns países asiáticos. Um dos principais desafios da ABPA será conseguir que a Coreia do Sul, o México e a União Europeia comprem a carne suína brasileira. Negociações para tanto já estão em andamento. Falando em conquistas, em 1998, a exportação de carne suína brasileira estava concentrada na Argentina, em Hong Kong e no Uruguai. Os três mercados, juntos, respondiam por 95% das exportações brasileiras. Hoje, o Brasil exporta para todos os continentes. Houve diversificação, também, de cortes suínos. Em 1998, o Brasil exportava basicamente carcaça; atualmente, embarcamos cortes variados e miúdos, que respondem por 85% das exportações. Os volumes cresceram exponencialmente: o Brasil exportou 81.565 toneladas de carne suína, em 1998; em 2012, embarcou 581.477 toneladas – um aumento superior a 600%. Em 2014, a expectativa é que o ano termine com embarques de aproximadamente 600 mil t. Manter-se como quarto exportador não tem sido fácil para o Brasil. O setor perdeu competitividade, nos últimos anos. A participação da mão de obra no custo de produção está semelhante à dos países competidores. Os custos de logística são bem mais altos do que os dos EUA, nosso maior concorrente. Por essas razões, apresentamos propostas aos presidenciáveis para a adoção de políticas emergenciais voltadas ao aumento da competitividade no setor de proteína animal. Queremos seguir conquistando novos mercados com seriedade e responsabilidade! (Presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e ex-ministro da Agricultura). Fonte: Pork World
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