Semana encerra estável para o mercado de suínos vivos
Mais uma semana de preços estáveis no mercado independente de suíno vivo. Mesmo com o enxugamento da oferta, a dificuldade no escoamento da produção vem limitando as altas na matéria prima neste final de ano. A tendência típica do mercado de carnes é de melhores condições de demanda no último trimestre do ano. O crescimento no consumo de carnes em função do volume maior de dinheiro disponível a população [décimo terceiro, férias, contratações temporárias], costuma impulsionar os preços do suíno vivo, porém, neste ano o padrão não se confirma. O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou praças estáveis nesta semana. Em São Paulo a bolsa de suínos segue com referência em R$ 77,00 a R$ 79,00/@ – equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21/Kg vivo – condição bolsa. Já em Santa Catarina a ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos) divulgou que a bolsa de suínos do estado permanece em R$ 3,90 o quilo do animal vivo no mercado independente. Prejuízos Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi, afirmou que no estado há relatos de suinocultores que não "conseguem adquirir matéria prima por conta do inadimplência". Mesmo com a redução nos custos, o setor ainda desembolsa cerca de R$ 4 para produzir o quilo do animal vivo. Para o presidente uma recuperação das margens dos produtores exigirá uma mudança radical no cenário interno. "Não vemos um cenário de melhora para o setor no curto e médio prazo", afirma. “Muitos estão tentando renegociar dívidas, mas não conseguem porque o banco já não libera mais crédito devido ao risco que existe na atividade. Os produtores independentes e mini integradores estão abandonando a atividade. Muitos frigoríficos compram os animais, mas não pagam, fazendo com que não haja viabilidade econômica na propriedade”, desabafa Lorenzi. Exportações Nas exportações, o analista da Safras ressalta que o desempenho de outubro superou a expectativa Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgados nesta segunda (7), na parcial de novembro [três dias úteis], o Brasil exportou 11,7 mil toneladas de carne suína 'in natura', registrando média diária de 3,9 mil toneladas/dia. Esse resultado representa um avanço de 46,2% em relação ao volume de outubro. No acumulado do ano, os embarques anotam um crescimento de 38,8% (527,3 mil toneladas) na comparação com o ano passado. No saldo cambial o resultado é de US$ 133,1 milhões, 23% superior ao acumulado de janeiro a outubro de 2015. Fonte: PorkWorld (modificado)
|