ABPA divulga os resultados produção e das exportações 1° semestre/2014
Desempenho da produção e das exportações 1° semestre de 2014 Cenários Por Francisco Turra (presidente-executivo da ABPA) A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apresenta, a seguir, o desempenho da produção e das exportações brasileiras de carnes de frangos e de suínos. As pequenas variações comparativas entre 2013 e 2014 na produção de carne de frango (com alta) e de carne suína (com retração) destacam o cenário ajustado de oferta de produtos, com perspectiva da manutenção dos níveis de consumo per capta em suínos – de 15 kg/hab/ano – e leve elevação em frangos – para 43 kg/hab/ano. Em meio a este panorama, destacam-se os leves impactos de consumo percebido como resultado da realização da Copa do Mundo da FIFA 2014™ - no caso de frangos, os efeitos foram sentidos nas vendas de asas e de coração. O evento, aliás, se consolidou como uma oportunidade para a promoção dos setores e a realização de negócios. Em parceria com a Apex-Brasil, a ABPA trouxe para o país dezenas de importadores. Ações de imagem junto a jornalistas estrangeiros também foram promovidas. Para o público do mercado interno, realizamos ações especiais nas redes sociais e em pontos de encontros das torcidas, como a Vila Madalena, em São Paulo (SP). Com relação ao mercado externo, destaca-se, em 2014, a abertura do mercado do Paquistão para a carne de frango do Brasil – que está em fase final de negociação. Também apresentou impacto positivo neste ano a habilitação de cinco novas plantas exportadoras de aves para a China (agora, com 29 plantas habilitadas, no total), influenciando diretamente no saldo embarcado para o país asiático. A busca por novos mercados, aliás, está na pauta prioritária da ABPA, e é uma de suas principais metas. Em suínos, Coreia do Sul e México estão com negociações avançadas – uma missão organizada pela ABPA está prevista para o mercado mexicano no fim de julho, com participação do ministro da Agricultura, Neri Geller. A missão também focará a ampliação dos embarques de carne de frango, ovos férteis e abertura para material genético. Durante o VI Encontro da Cúpula dos BRICS (Fortaleza/CE), a ABPA participou de uma série de reuniões com autoridades da China, Índia, Rússia e África do Sul. Com a presença de autoridades chinesas, a entidade buscou a agilização da habilitação de sete plantas frigoríficas de aves e uma de carne suína para o país asiático – que já foram visitadas por missão em 2012 – e tratou da viabilização de novas missões para habilitação de outras unidades. Sobre a África do Sul, a ABPA tem negociado a reversão do aumento das tarifas na carne de frango (de 27% para 82%), que impactou negativamente nos embarques entre janeiro de maio deste ano (de 16% em volume e 51% em receita). Junto às autoridades indianas, a associação destacou a inviabilidade das exportações devido às tarifas de exportação impostas – que chegam a 100%, no caso de cortes e processados. Com relação à Rússia, a ABPA propôs o aprimoramento dos sistemas de exportações existentes, com o objetivo de dar maior autonomia às autoridades brasileiras quanto à indicação de plantas industriais que atendam os requisitos técnicos da União Aduaneira (bloco do qual a Rússia faz parte). Novas ações estão previstas pela associação até o fim de 2014 em feiras internacionais e junto a autoridades estrangeiras. Ações de promoção no mercado interno também estão na programação, como a São Paulo Frango Week e outras iniciativas nas redes sociais. Como entidade nacional do setor de aves, ovos e suínos, a ABPA buscará fortalecer, ainda mais, o consumo e as exportações das proteínas brasileiras. SUINOCULTURA Produção de carne suína De acordo com os levantamentos feitos pela ABPA, a produção de carne suína do Brasil totalizou 1,394 milhão de toneladas entre janeiro e junho de 2014, resultado 0,57% menor em relação ao primeiro semestre do ano passado. Deste total, 1,159 milhão de toneladas foram destinadas ao mercado interno, volume 0,24% inferior ao total registrado nos seis primeiros meses de 2013. Exportações de carne suína No acumulado do ano, o Brasil exportou 235,858 mil toneladas, obtendo US$ 698,86 milhões, queda de 1,94% no volume e aumento de 10,89% na receita em comparação com o primeiro semestre do ano passado. Em junho, as exportações brasileiras de carne suína aumentaram 8,21% em volume (43,960 mil toneladas) e 69,81% em valor (US$ 167,25 milhões) em relação a junho de 2013. Houve, também, elevação de 56,93% no preço médio, em função da redução de oferta do produto no mercado internacional, para o que concorreram eventos sanitários como a peste suína africana e a diarreia epidêmica suína (PED) – registradas em importantes produtores como Estados Unidos, México e Canadá. A Rússia continuou à frente das importações, com participação de 50,58% nas vendas brasileiras de carne suína, patamar que se distancia bastante dos cerca de 30% de participação nos últimos meses. Os russos aumentaram em 74,28% as suas compras em relação a junho de 2013. No mês, os embarques para aquele mercado totalizaram 22,233 mil toneladas e US$ 112,03 milhões. Em receita, as exportações para a Rússia cresceram 233,83% ante igual período do ano passado. De janeiro a junho, os embarques para a Rússia aumentaram 21,29% em toneladas (83,760 mil toneladas) e 66,97% em receita (US$ 336,05 milhões). “O aumento significativo da participação da Rússia nas exportações brasileiras já era previsto e se explica pelo contexto internacional político e sanitário”, destacou o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra. O conflito da Rússia com a Ucrânia, com envolvimento dos EUA e da União Europeia, concorrentes do Brasil naquele mercado, acabou favorecendo as vendas brasileiras de carne suína. Já em relação ao contexto sanitário, o crescimento das vendas para a Rússia se deve à ocorrência de peste suína africana na Europa e de diarreia epidêmica suína nos EUA. “Os embarques do Brasil para a Rússia aumentaram, também, porque houve redução da oferta interna de carne suína naquele mercado, uma vez que a Ucrânia, que comprava do Brasil, repassava volumes importantes para lá. Atualmente, as vendas brasileiras para a Ucrânia estão em níveis muito baixos”, acrescenta Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente de suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Os principais destinos da carne suína em junho foram: Rússia, Hong Kong, com 7,067 mil toneladas (16,08% de participação), Angola, com 4,130 mil toneladas (9,39%), Singapura, com 2,847 mil toneladas (6,48%), e Uruguai, com 1,943 mil toneladas (4,42%). Para a Ucrânia o Brasil vendeu 330 toneladas em junho, crescimento de 14,65%, ante o mesmo intervalo de 2013. Porém, no acumulado do ano, as exportações para a Ucrânia caíram quase 89% em volume, passando de 25,385 mil toneladas de janeiro a junho de 2013 para 2,798 mil toneladas no mesmo período deste ano. As exportações brasileiras para a Argentina foram de 602 toneladas, uma queda de 9,13%. No acumulado do ano, houve redução de 51,42% nas vendas de carne suína para o país vizinho. Os cinco principais estados exportadores foram: Santa Catarina (17,525 mil toneladas), Rio Grande do Sul (8,864 mil toneladas), Goiás (7,165 mil toneladas), Minas Gerais (5,019 mil toneladas), Paraná (3,585 mil toneladas), Mato Grosso do Sul (1,331 mil toneladas). Fonte: PorkWorld
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