ABCS divulga nota de repúdio a Campanha da Prefeitura de Imbé-RS
Leia abaixo a nota de repúdio a campanha “Por um Imbé limpo para todos” da Prefeitura de Imbé divulgada pela ABCS: "Prezados, Tomamos conhecimento desta infeliz campanha da Prefeitura de Imbé (município com pouco mais de 17 mil habitantes no extremo sul do RS) que foi divulgada no último domingo (24) pelo Jornal Zero Hora e já entramos em contato declarando nosso repúdio a vinculação do suíno com a campanha que busca o incentivo da limpeza do município. A ABCS entende a importância de uma campanha para incentivar a limpeza da cidade em prol da população, mas reiteramos que relacionar a sujeira com o “porco” não condiz de forma alguma com a realidade da produção de suínos. Essas informações equivocadas dificultam o trabalho da entidade e afetam a vida de mais de um milhão de pessoas que dependem da suinocultura para sobreviver. A medida contraria todo o esforço dos suinocultores, por meio de suas associações estaduais e da ABCS, para esclarecer o consumidor que a carne suína é um alimento saudável. O modelo de produção da suinocultura brasileira, com técnicas de alta qualidade, é reconhecido mundialmente. Reforçamos mais uma vez que a ABCS acredita que a melhor forma de combater esse tipo de situação é divulgar informações verídicas sobre o setor de suínos do Brasil e também sobre a qualidade da carne suína, desfazendo esses mitos e preconceitos arcaicos que não condizem com a realidade da produção brasileira. Aproveitamos a oportunidade para compartilhar a carta envidada pela ABCS à Prefeitura de Imbé e ao Jornal Zero Hora: A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) tomou conhecimento da campanha da “Por um Imbé limpo para todos” da Prefeitura de Imbé, divulgada no Zero Hora, no último dia 24. O intuito da publicidade de manter a limpeza do município, é salutar, no entanto, a vinculação do suíno à sujeira é um conceito ultrapassado, que estigmatiza o animal e a carne suína. A medida contraria todo o esforço dos suinocultores, por meio de suas associações estaduais e da ABCS, para esclarecer o consumidor que a carne suína é um alimento saudável. O modelo de produção da suinocultura brasileira, com técnicas de alta qualidade, confere essa saudabilidade. A produção brasileira de suínos situa-se na fronteira da tecnologia mundial. Para entrar numa granja tecnificada, não raro exige-se do visitante que tome banho no local. No ano passado, foram abatidos 37 milhões de animais oriundos de granjas tecnificadas e de instalações de abate fiscalizadas pelo sistema governamental de controle sanitário. O animal produzido hoje é, sobretudo, limpo. O mito em torno do suíno se deve ao fato de que até meados da década de 50, o animal era destinado a produção de banha, o consumo da carne era secundário. Nessa época o animal chegava a ter 60% de gordura. Com o lançamento da gordura de coco pelo mercado a realidade mudou. Em função desse processo, e com o objetivo inicial precípuo de importar matrizes geneticamente desenvolvidas para reformular o plantel brasileiro, foi instituída a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), em 13 de novembro de 1955. Nascia o suíno brasileiro, cuja qualidade da carne é atestada pelos fatos: o Brasil é hoje o quarto maior produtor, quarto maior exportador, colocando o produto em 76 diferentes países. Depois da criação da ABCS, os produtores dedicaram-se fundamentalmente a melhorar a qualidade da produção. Nessa trajetória, os animais perderam quase 40 por cento da gordura. Mas, de forma persistente, o comportamento preconceituoso se manteve por muito tempo inabalado, apesar de uma realidade externa completamente diferente. A ABCS entende a importância da campanha, mas reiteramos que relacionar a sujeira com o “porco” não agrega a campanha e ainda dificulta o trabalho da entidade e afeta a vida de mais de um milhão de pessoas que dependem da suinocultura para sobreviver." Fonte: PorkWorld.
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